Após a decisão do governo federal de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), se manifestou na tarde desta quinta-feira (13), durante agenda institucional em Porto Nacional, região central do estado.
Durante o seu pronunciamento, o chefe do Executivo tranquilizou a população e afirmou que não só vai manter as nove escolas que funcionam atualmente no modelo cívico-militar, mas que sua gestão vai trabalhar para ampliar esse número.
“Nós vamos manter as escolas militares, nós vamos trabalhar na ampliação deste projeto, vamos fazer com que pais de família tenham para seus filhos o ensino disciplinar bom. Não é um regime militar, é um ensino com disciplina, com respeito aos mais velhos, com respeito aos professores. Nós temos diversas escolas militares e nós vamos além de manter as que temos. Queremos abrir novas escolas porque temos pedidos dos prefeitos”, explicou Wanderlei Barbosa.
Wanderlei lembrou que o Estado tem diversas escolas militares e avisou que novas serão abertas, já que há pedido dos prefeitos. Para o funcionamento dessas unidades, o governador disse que não está tirando policiais das ruas.
“Estamos aumentando. Nós botamos homens da Polícia Militar junto com a Secretaria de Educação, mantemos os nossos professores, melhoramos o ensino, a disciplina dos nossos alunos e isso tem feito um bem muito grande para o nosso Estado, para a relação social de alunos, professores com a nossa comunidade. Isso tem sido cada vez mais forte”, garantiu.
Pecim
O Ministério da Educação (MEC) começou, esta semana, o processo de extinção do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). A decisão, que impacta cerca de 200 escolas nas cinco regiões do país, foi comemorada e criticada. Para alguns, o modelo precisa ser extinto e não está em conformidade com o papel da escola pública. Para outros, o modelo gera resultados e deve ser mantido.
Modelo Cívico-Militar
O programa é executado em parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa. Por meio dele, militares atuam na gestão escolar e na gestão educacional. O programa conta com a participação de militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares. A proposta do modelo cívico-militar é que militares atuem na istração escolar e na disciplina de estudantes, enquanto os professores são responsáveis pela parte pedagógica.
Diferença entre cívico-militar e colégio militar
O Tocantins possui nove escolas no formato cívico-militar, modelo que foi extinto pelo governo federal.
Além destas nove escolas, o estado possui 28 Colégios Militares, sendo 27 em parceria com a Polícia Militares e outro com o Corpo de Bombeiros.
Em ambos os formatos são princípios básicos a hierarquia, a ordem e a disciplina. Porém, há diferenças:
Cívico-Militar: No caso das escolas cívico-militares há uma espécie de “meio-termo”: Era proposto que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão istrativa ava para os militares. Essa segunda tarefa fica a cargo de militares inativos que dão apoio à gestão pedagógica.
Colégio Militar: As escolas militares são mais rígidas e predomina a pedagogia militar. O diretor é indicado pela corporação responsável e há uma maior autonomia das corporações para montarem o currículo e a estrutura pedagógica.