Professores da rede municipal de ensino de Araguaína, região norte do estado, tomaram as dependências da prefeitura na manhã desta segunda-feira (30), para cobrar do prefeito Wagner Rodrigues (SD), a implantação do reajuste do piso salarial da categoria.
Em janeiro deste ano, o Governo Federal anunciou um aumento de 33,24% no piso salarial dos professores sem graduação (Nível 1) e segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), regional Araguaína, o reajuste feito pela gestão até o momento foi de 10,28%, quase 23% a menos que a média nacional. A categoria também exige a efetivação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCR).
A presidente do Sintet Regional de Araguaína, Rosy Franca convocou o prefeito para que ele pudesse apresentar a proposta do município.
“Nós somos trabalhadores da educação e temos que ser respeitados e valorizados. Não pelo senhor como pessoa, mas o senhor como prefeito e responsável pela educação. Nós estamos aqui esperando o senhor para que o senhor apresente uma proposta para esses trabalhadores que estão aqui no seu gabinete. Nós não invadimos, estamos só aguardando o senhor. Plano de Carreira é Lei. Piso é Lei Federal e ainda temos a Lei do Fundeb, que nos garante recursos para o pagamento dos trabalhadores da educação”, disse a representante da categoria.
Apesar do movimento dos trabalhadores, eles não foram recebidos pelo prefeito Wagner Rodrigues (SD).
A prefeitura de Araguaína informou que caso seja concedido o aumento aos professores, o município ultraaria os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) extrapolando 60% do orçamento com o pagamento da folha.
A presidente do Sintet Regional de Araguaína, gravou um vídeo na tarde desta segunda-feira (30) desmentindo o prefeito sobre o os recursos da Educação.
Segundo mostra a sindicalista, o saldo financeiro da educação municipal é de mais de 40 milhões (R $40.964.209,17). Os dados que ela apresenta são demonstrativos do Conselho Municipal do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de Araguaína.
“Recursos têm, e nós estamos provando para a sociedade que tem disponibilidade financeira sim, falta gestão sobre os recursos do Fundeb que devem ser aplicados para a valorização dos profissionais da educação. E é isso que estamos cobrando, o reajuste do piso para valorização da carreira”, disse Rosy Franca.
“Não venha nos responsabilizar pelo limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), isso é um problema da gestão, assim como é a valorização da educação com a correta aplicação dos recursos do Fundeb. Dinheiro tem e nós provamos”, finalizou Franca.
Nesta terça-feira (31), os servidores realizarão nova paralisação e uma assembleia geral da categoria está marcada para as 17h.